Release

FLORES ASTRAIS O que leva um grupo de amigos músicos experimentados, com agenda repleta de compromissos em várias frentes, a se lançarem num desafio nunca antes tentado? Provavelmente a mesma chama que fez o LP Secos & Molhados virar a MPB de cabeça para baixo em plena ditadura militar. Numa palavra: ousadia. A extravagância e o apelo performático das apresentações de João Ricardo, Gerson Conrad, Ney Matogrosso e banda eram espetacularmente inéditos, mas o Secos trouxe também um inusitado e originalíssimo mix de folclore, poesia, Beatles, rock pesado e progressivo. Com sucesso estrondoso que reverbera até hoje, a fase clássica e icônica do Secos & Molhados ocupa lugar privilegiado no imaginário e nos corações não só das gerações contemporâneas ao revolucionário lançamento de 1973 como das posteriores. “A ideia parecia apenas um sonho, algo como ‘um dia vou subir o Everest’ ou coisas desse tipo, mas, a partir do entusiasmo e esforço coletivo, foi ganhando corpo e alma”, explica Alan James, responsável pelo baixo e um dos idealizadores do projeto. Imortalizados pelos hits, pela indumentária e maquiagem criativas e pelo gestual insinuante de Ney Matogrosso, os primeiros shows e LPs do Secos contaram ainda com uma significativa amostragem da nata dos músicos da época, como Emilio Carrera, Zé Rodrix, Willy Verdaguer e outros. Todos esses elementos são reproduzidos à risca pelo Tributo. “Encarar o desafio só foi possível pelo prazer de tocar esse repertório fantástico, respeitando arranjos, ambientação e sonoridade originais”, comenta Rike Frainer (bateria). A aventura de reviver o visual das performances ao vivo do trio principal foi mais uma tarefa árdua. A amizade e entrosamento de velhos companheiros de música e estrada foi fundamental, assim como a semelhança entre Luiz Lopez e João Ricardo após o trabalho de caracterização. “É uma enorme responsabilidade homenagear a caráter, musical e visualmente, um artista tão marcante, e que ainda está em atividade”, pontua Luiz, cujos trabalhos também incluem as bandas de apoio de Erasmo Carlos e A Cor do Som. O multi-instrumentista, cantor e especialista em Beatles de renome internacional Mário Vitor, caracterizado como Gerson Conrad, observa: “o desafio proporcionou uma revolução pessoal muito gratificante para todos nós”. Obviamente a parte mais complicada era encarnar Ney Matogrosso, cuja carreira até hoje tem como marca a mesma expressividade e ousadia de 1973. “Investi em preparações específicas tanto para o registro vocal quanto para a expressão corporal de um de meus maiores ídolos”, conta Danilo Fiani, também internacionalmente celebrado pelos tributos ao Fab Four. O que parecia impossível e apenas um sonho tornou-se o Flores Astrais – Um Tributo aos Secos & Molhados: músicos experientes, muita dedicação e um trabalho meticuloso de reprodução de uma das mais preciosas e populares pérolas da MPB, formando um caldeirão para emocionar de novo um país inteiro. Ficha Técnica Músicos: Danilo Fiani (voz), Mario Vitor (voz, guitarra, violão), Luiz Lopez (voz, piano, violão), Alan James (baixo) e Rike Frainer (bateria) Direção Artística, Iluminação e Cenografia: Djalma Amaral Direção Geral: Eduardo Braga Arranjos e Figurino: O grupo Produção: Hugo Belfort – Clube Novo Produções.

Ficha Técnica

Som: Paulinho Emmery

Fotografia: Lucíola Villela

Confecção de Adereços: Arlete Rua Preparação

Corporal: Suely Mesquita

Um espetáculo de: Eduardo Braga & Djalma Amaral